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Pequenas farmácias protestam contra descontos das
Os descontos são anunciados com destaque em uma rede de farmácias.
"Quanto mais desconto melhor para quem compra", disse uma senhora.
Mas esta redução dos preços foi parar na Justiça em Fortaleza. De um lado, grandes redes que brigam entre si oferecendo descontos de até 60%. Do outro, as farmácias pequenas, que dizem que esta é uma concorrência desleal.
"Nós entendemos que não há margem no nosso segmento para operar com esse tipo de desconto. A média de lucro bruto no medicamento é de 26,7%. Como é que você dá 30% de desconto, 40%, 50%?”, afirmou Fábio Timbó, presidente executivo Sincofarma.
“Nós oferecemos os maiores descontos possíveis. Esses são possíveis devido a ganhos de produtividade e de negociações“, declarou André Elias, que é diretor de marketing Drogaria São Paulo.
As grandes redes chegaram a fazer um acordo com a Secretaria de Defesa do Consumidor para limitar em 15% os descontos, mas combinar preço não pode. É formação de cartel, o que é proibido por lei.
No final do ano passado, um desembargador determinou a liberação dos descontos. Os preços voltaram a cair e o sindicato das pequenas farmácias recorreu.
O conselheiro da OAB Hércules Amaral aponta o caminho. As pequenas farmácias deveriam se associar para aumentar a escala e oferecer os descontos.
"A associação dos pequenos para que eles também possam, adquirindo esses medicamentos nos laboratórios em condições mais favoráveis, em função do volume, apresentar ao consumidor um desconto tão bom quanto o desconto apresentado pelas grandes redes", observou o conselheiro.