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Bancos já estão antecipando o 13º
As taxas de juros cobradas pelos bancos para antecipação do 13º salário variam de 2,06% a 2,95%, ao mês.
O ano novo mal começou e os bancos oficiais e privados já estão com linhas de crédito abertas para quem está "enforcado" e precisa antecipar o 13º salário. Seja para quitar dívidas contraídas no fim de 2009 ou complementar as receitas para pagamento de IPTU e IPVA, seja para compras de material escolar e outras despesas tradicionais desse período. Ou até mesmo, para quem pensa em "brincar ou beber" o 13º salário de 2010, antecipadamente, no Carnaval.
Na Caixa Econômica, a antecipação do 13º pode ser feita a taxas de juros de 2,06% ao mês, para clientes que contrataram a operação no ano anterior. Para os novos contratantes o custo é de 2,11%, ao mês, ou 28,48%, ao ano. Isso significa que quem teria R$ 1.000,00 a receber em dezembro, perceberá agora apenas, R$ 715,20.
Segundo a direção da Caixa, os juros são cobrados com a amortização, no recebimento do 13º salário e o valor de contratação varia de 75% a 90% do salário a ser recebido.
O Banco do Brasil (BB) oferece crédito de até 80% do valor do 13º salário do cliente. Aposentados e pensionistas do INSS podem contratar apenas 50% do salário. Ambos os bancos exigem que o beneficiário perceba os vencimentos na instituição.
De acordo com Leuci Walraven, gerente Regional da Caixa Econômica, apesar de estar disponível durante todo o ano, a procura começa logo no início do ano. "Janeiro e fevereiro concentram 40% das operações de antecipação do 13º salário", confirma o gerente de Mercado de Pessoa Jurídica do Banco do Brasil (BB), em Fortaleza, Elias Zeglin. A linha do BB foi reaberta com taxa de 2,59%, ao mês, ou 35,9%, ao ano, ou 16,58%, semestral. Já no banco Santander, a taxa é de 2,95%, ao mês, e o valor mínimo é de R$ 100,00.
Alerta
O conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, (OAB), Hércules do Amaral, adverte que a antecipação deve ser feita com cautela e somente, em último caso.
"Esse é um dinheiro caro", alerta o advogado, lembrando das taxas de juros cobradas e dos riscos da perda de emprego pelo tomador. "É bom lembrar também que no Natal, o cliente não terá quase nada a receber, mas a pagar", observa.